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JATAÍ | Por notas baixas, MEC suspende vestibular de faculdade jataiense e mais 9 no estado

Por Eduardo Candido 09 Dezembro 2013 Publicado em Região
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Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa Reprodução

O Ministério da Educação (MEC) suspendeu vestibulares de nove instituições de ensino goianas, que tiveram resultado insatisfatório no Conceito Preliminar de Cursos (CPC) de 2012. A lista com as faculdades foi divulgada no “Diário Oficial da União” de sexta-feira (6).


De acordo com o MEC, essas instituições foram penalizadas após terem avaliações baixas nos cursos em 2009 e repetirem os resultados em 2012. Em Goiás, entre os cursos suspensos estão sete de administração, quatro de direito e dois de ciências contábeis. Completam a lista os cursos de secretariado executivo, tecnologia em processos gerenciais e tecnólogo em gestão de recursos humanos.


Segundo o MEC, as instituições de ensino foram notificadas sobre a suspensão dos vestibulares e terão que assinar um protocolo de compromisso. Para ter os cursos reabertos, serão necessárias algumas readequações, em um prazo de 60 dias, como o reforço do corpo docente e melhora das estruturas pedagógicas.


As instituições que tiveram vestibulares suspensos no estado foram: Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Unidesc), curso de direito e secretariado executivo; Faculdade Padrão, direito, administração e ciências contábeis, no campus Goiânia, e administração, em Aparecida de Goiânia; Faculdade de Caldas Novas (Unicaldas), curso de ciências contábeis; Faculdade Central de Cristalina (Uninter), administração; Faculdade do Instituto Brasil (Fibra), cursos de direito e administração; Faculdade Cambury de Formosa, tecnologia em processos gerenciais; Faculdade Almeida Rodrigues (FAR), tecnólogo em gestão de recursos humanos e administração; Centro de Ensino Superior de Jataí (Cesut), direito e administração; e Faculdade Lions (Faclions), curso de administração.


A Fibra informou que discorda da decisão do MEC em suspender os cursos de direito e administração e que vai recorrer. “Já tivemos boas notas anteriormente e, por isso, queremos uma nova avaliação”, afirmou o diretor-geral da instituição, Cláudio Louveiro Gonçalves de Oliveira.


Os representantes das demais universidades não foram localizados nas instituições para comentar o assunto.


Qualidade do ensino
Para o presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Estadual de Educação de Goiás, Marcos Elias Moreira, o fechamento dos cursos reflete a maneira com que as instituições conduzem a aplicação do ensino. “A realidade de Goiás não destoa muito das outras regiões do país, mas o que mais percebemos aqui é que, no geral, as faculdades focam na teoria e esquecem-se de relacioná-la a prática. Isto quer dizer que eles não partem de situações concretas e, quando os alunos se formam, não sabem como aplicar os ensinamentos na vida profissional”, explicou.


Segundo Moreira, outro fator que contribui para o mal desempenho dos alunos nas avaliações, como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), é a educação de base. “Infelizmente muita gente chega a fase universitária sem ter conhecimentos básicos, que deveriam ter sido aprendidos ainda no ensino fundamental, então não podemos culpar apenas as faculdades. No entanto, isso não pode tirar a responsabilidade da instituição em formar um profissional completo, que seja acompanhado até o momento em que começa, de fato, a atuar no mercado de trabalho”, sustentou.


O representante do Conselho de Educação ainda explica que, apesar da suspensão dos vestibulares, as faculdades continuam obrigadas a garantir aos alunos que já estão matriculados a conclusão dos cursos. “É uma questão de direito adquirido, pois quando os estudantes ingressaram a instituição era regular. Sendo assim, eles têm o direito ao diploma. No entanto, se o MEC entender que a faculdade não pode mais continuar ministrando, mesmo para os cursos já iniciados, aí é o ministério quem fica responsável de encaminhar os alunos para outras unidades de ensino”, ressaltou.


No caso dos cursos de direito, a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Carlos André, informou que a suspensão é o resultado de um esforço promovido pelo órgão, em parceria com o MEC, para a melhoria do ensino jurídico não apenas no estado, mas em todo o país. “Desde o início do ano a OAB realiza audiências públicas por diversas cidades para debater a qualidade dos cursos. O MEC parte de nossas diretrizes para avaliar os cursos e a suspensão mostra que essas instituições estavam fora do padrão”, destacou.


Para Carlos André, a problemática da má qualidade do ensino vai além das instituições de ensino, pois começa na educação de base. “Infelizmente ainda existem muitas falhas em todo o processo, mas a suspensão desses vestibulares foi uma forma pontual encontrada para que o problema como um todo comece a ser resolvido. A medida que as instituições sejam obrigadas a oferecer um ensino de qualidade, a situação começará a mudar”, afirmou o advogado.


Conceito Preliminar de Curso
O CPC, usado pelo MEC para avaliar as instituições, é composto por diversos indicadores. As notas no Enade correspondem a 55% da nota do CPC, a infraestrutura e instalações tem peso de 15% no índice, e os recursos didático-pedagógicos e corpo docente respondem pelos demais 30% da composição do conceito. Os cursos recebem conceitos de 1 a 5.


Cursos com conceitos 1 ou 2 estão sujeitos a medidas administrativas, entre elas a suspensão da abertura de novas vagas por meio de processos seletivos. Ou seja, a universidade pode fazer vestibular em geral, mas não pode ofertar vagas no processo seletivo em cursos que foram suspensos.


Fonte: G1 Goiás

 

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